Viagem ao País da Manhã é, a par de Siddhartha e de O Lobo das Estepes, uma das obras maiores de Hesse, sempre redescoberta por novas gerações de leitores. Escrito como uma fábula e com um desfecho inesperado e surpreendente, este livro encoraja o leitor a desconfiar da realidade visível, propondo-lhe, ao invés, por meio de um nomadismo radical e interior, uma viagem perpétua em busca da autenticidade, da pureza do espírito e da união com o todo universal.
H. H., protagonista desta aventura inaudita, é convidado a integrar uma Ordem secreta e a participar numa viagem única, cujo fim não é alcançar um destino geográfico, mas outra dimensão da realidade. Os participantes nesta viagem atravessam o tempo e o espaço, rumo ao «País da Manhã», encontrando pelo caminho muitas personagens, reais e ficcionais. Contudo, a harmonia inicial quebra-se, degenerando em conflito. O grupo rompe-se e os seus membros separam-se, prosseguindo o caminho por sua conta. Só anos mais tarde H. H. terá consciência do seu próprio papel no falhanço da expedição.