De A a Zola

  • Papel de parede amarelo, de Charlotte Perkins Gilman

Papel de parede amarelo, de Charlotte Perkins Gilman

4,44 €  
IVA incluído

Papel de parede amarelo

Autor: Charlotte Perkins Gilman

Editora: Húmus - Colecção A Ilha

N.º págs: 68

Ano: 2023

ISBN: 9789897555596

 

Conto publicado no final do século XIX, O Papel de Parede Amarelo, de Charlotte Perkins Gilman, retrata a história semiautobiográfica de uma jovem mulher deprimida, recentemente mãe.

O marido, John, por sinal médico, demonstra grande incapacidade para enten- der o que se passa com ela, em larga medida ele próprio preso nos perímetros culturais da época.

Na esperança de poder ajudá-la, John muda-se temporariamente com a mulher para uma outra casa, bonita, campestre, onde tentará recuperar a paciente com ar puro e repouso de qualquer tipo de trabalho. A mulher, sentindo-se presa, sem opções para a sua imaginação e criatividade — ademais num quarto com uma decoração que a incomoda — vai ficando cada vez mais longe da cura, cada vez mais perto da loucura.

Narrado na primeira pessoa, O Papel de Parede Amarelo é um dos mais importantes textos da literatura feminista americana, e global, entrando aprofundadamente nos sinuosos caminhos das perturbações mentais provocadas a mulheres que, afinal, são apenas impedidas de ser o que são.

“Deito-me aqui, nesta cama enorme e fixa — acho que está pregada ao chão — e vagueio por aquele padrão o tempo todo. é tão bom como qualquer exercício físico, garanto-vos. Começo, suponhamos, por baixo, naquele canto onde o papel está intacto, e decido pela milionésima vez que vou seguir aquele padrão absurdo até chegar a uma conclusão. Conheço os princípios básicos do desenho, e sei que esta coisa não foi feita de acordo segundo qualquer regra de irradiação, repetição, simetria, ou qualquer outro princípio de que tenha ouvido falar. […] Cansa-me muito seguir estes movimentos. Acho que vou dormir um bocadinho.”

 

Livros cosidos, com folhas não aparadas, à semelhança do que se fazia no passado. A editora liga assim a coleção à História do Livro e associa-lhe uma vantagem ecológica, evitando o desperdício de papel.