Um jovem escritor de nome Alexandre Dumas é testemunha, juntamente com outras pessoas, de um crime hediondo. Reunidos, posteriormente, começam, cada qual conta a história mais fantástica que viveu ou que ouviu.
Publicado em 1849, Os Mil e Um Fantasmas, é um romance em contos e uma das poucas obras de Dumas a versar o fantástico. Nele o Autor usa o artifício de histórias dentro de histórias dando ao conjunto um cunho de veracidade pela sua presença enquanto narrador-personagem.
À semelhança de As Mil e uma Noites há pouco (naquela época) traduzidas por Antoine Galland para enorme sucesso em toda a Europa culta, Dumas escreve este romance contando com a parceria de outros dois escritores do seu círculo: Paul Lacroix e Paul Bocage, nele cada conto envereda por uma temática ou um tipo de literatura fantástico constituindo-se como uma montra do género de acordo com o que eram os padrões da primeira metade do século XIX.
Para o leitor dos nossos dias estas histórias estão próximas daquilo que hoje consideramos o fantástico / horror. Fantasmas, mortos-vivos ou vampiros aparecem e constituem um verdadeiro catálogo do género fantástico da época.