O Misantropo, de Moliére
O Misantropo
Autor: Moliére
Tradução: Luís Miguel Cintra
Editora: Editorial Estampa
176 páginas
Ano: 1990
O Misantropo é uma das principais peças de Molière, que denuncia a hipocrisia da sociedade e dos costumes da época sob o mote castigat ridendo moris («rindo se criticam os costumes»).
O Misantropo, comédia em verso e em cinco atos, foi representada pela primeira vez em 1666. Alceste é o misantropo, ou, como o subtítulo desaparecido da peça indicava, o «atrabiliário amoroso». Odeia a sociedade do seu tempo e rejeita por completo todas as suas convenções - que considera hipócritas e cobardes -, o que faz com que viva tomado por um profundo pessimismo e se subtraia cada vez mais ao convívio humano, mesmo ao dos amigos.
Porém, Alceste ama a jovem viúva Celimena, figura mundana, independente e galante, que quer viver a sua juventude e se recusa a segui-lo para uma vida de isolamento. Mas esta paixão - que se deixa ditar pelo desejo - compromete e perverte o equilíbrio da moral de Alceste, que prefere a coquette à prima dela, a sincera Eliante.
Jean-Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière, foi escritor, ator e encenador. É considerado um dos mestres da comédia satírica. Teve um papel de absoluta importância na dramaturgia francesa, até então muito dependente da temática da mitologia grega. Usou as suas obras para criticar os costumes da época, criando o lema "castigat ridendo mores". Como encenador, ficou também conhecido pelo seu rigor e meticulosidade.