A modernidade será ainda um longo e inacabado processo histórico, tal como defendeu Jürgen Habermas?
Na extensa tradição deste debate, no último quartel do século XX e nas primeiras décadas do século XXI, outros pensadores defenderam quer a continuidade quer a ruptura desse processo pleno de tradições, conflitos e contradições. Para aprofundar estas questões que continuam tão vivas nos nossos dias, o presente livro procura reconstruir de forma sintética mas compreensiva, ao longo dos seus três capítulos, a evolução dos vários argumentos que têm sido apresentados em torno dos conceitos de cultura, tradição e modernidade. Esta reconstrução convida o leitor a percorrer parte significativa da longa tradição e dos meta-discursos gerados, em particular os das escolas anglo-saxónica, alemã e francesa, que enformam, em grande medida, a evolução do pensamento do ocidente, nomeadamente durante os séculos XIX e XX até aos nossos dias.