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  • A Terra Que um Homem Precisa, de Lev Tolstoi

A Terra Que um Homem Precisa, de Lev Tolstoi

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A Terra Que um Homem Precisa

Autor: Lev Tolstoi

Editora: Padrões Culturais

56 páginas

Ano: 2011

ISBN: 9789898160973

 

O presente texto faz parte de um ciclo de histórias populares que a família de Tolstoi e os seus amigos mais literatos acharam indignas dum tão grande artista; mas o escritor sentiu que fazia verdadeira obra de arte, que nos contos ressoara a voz eterna do povo e o movia um alto desígnio de educação dos homens; toda a literatura desaparecia, para que a vida plenamente, e de forma rude, se mostrasse: o drama de Pahóm, personagem principal deste conto, é apresentado com toda a simplicidade e toda a dureza, sem nenhuma espécie de falso sentimentalismo, nem de invectiva; e é, por isso mesmo, das páginas mais vibrantes que se têm escrito sobre o poder corruptor, nas nossas naturezas vulgares, da propriedade e da riqueza.

«Os lavradores ocupados desde meninos no amanho da terra não têm tempo para pensar em tolices; só o que nos consome é não termos terra bastante; se tivesse toda a terra que quero, nem o diabo seria capaz de me meter medo.” As mulheres acabaram o chá, palraram ainda um bocado sobre vestidos, depois arrumaram a louça e deitaram-se a dormir. Mas o diabo tinha estado sentado num recanto da lareira e tinha ouvido tudo o que se dissera; ficara contentíssimo quando vira que a mulher do camponês arrastara o marido para a gabarolice e quando percebera que o homem pensava que, se tivesse terra à vontade, não temeria o diabo: – “Muito bem! – pensou o diabo. – Vamos lutar um com o outro; dou-te toda a terra que quiseres e há-de ser por essa terra que te hei-de apanhar.”»

Sobre Lev Tolstoi:

Lev Tolstoi (1828-1910) nasceu na Rússia, no seio de uma família nobre. Órfão desde cedo, optou por seguir a carreira militar, servindo-se mais tarde das suas experiências no campo de batalha para representar a guerra de forma realista nos seus romances.


Em 1856, abandona o exército e viaja pela Europa para estudar Pedagogia. De regresso à Rússia, dedica-se à escrita, publicando mais tarde em fascículos Guerra e Paz (1865-69) e Anna Karénina (1875-77), ainda hoje considerados dois dos melhores romances de sempre.