Os abusos nos conventos do século XVIII e os perigos das vocações impostas. A história comovente de uma freira submetida às pressões de uma superiora histérica e libertina, que faz reinar no convento costumes inconfessáveis.
Um impressionante documento humano que ficou justamente célebre na história da literatura universal.
Em 1760, Denis Diderot e seus amigos escreveram uma série de cartas ao Marquês de Croismare. As cartas simulavam vir de Suzanne Simonin, uma filha ilegítima forçada a professar os votos religiosos para expiar a culpa da mãe. Tendo escapado do convento, aparentemente queria ajuda do marquês para anular os votos. Nas suas cartas, a freira narra os detalhes de seu confinamento forçado, descrevendo o seu efeito na sua compreensão da religião e da fé. A reputação do romance como um succès de scandalese deve-se em grande parte à descrição franca e explícita da crueldade predominante nas instituições monásticas e da descoberta pela narradora do erotismo e da espiritualidade. A obra voltou a agitar a opinião pública quando, em 1966, a versão cinematográfica de Jacques Rivette foi proibida durante dois anos.
