A Pequena Comunista que Nunca Sorria, de Lola Lafon
A Pequena Comunista que Nunca Sorria
Autores: Lola Lafon
Editora: Antígona
Ano: 2024
1976, Jogos Olímpicos de Montreal: uma frágil menina romena obtém um dez perfeito em ginástica artística e, aos catorze anos, ofuscada por flashes, deslumbra o mundo inteiro. Quatro anos depois, lia-se num diário francês: «A rapariguinha transformou‑se numa mulher, a magia desapareceu.»
Fascinada pela ascensão e queda de Nadia Comaneci, Lola Lafon conta-nos uma infância sacrificada e uma adolescência comprometida, histórias de corpos que se convertem «numa prisão em vez de numa arma». Das ruas de Bucareste, em plena ditadura de Ceaușescu, à fuga da ginasta para a liberdade ilusória dos EUA em 1989, A Pequena Comunista que Nunca Sorria (2014) mergulha o leitor num relato literário sobre ideais de perfeição asfixiantes e um corpo feito mito, escravo da avidez mediática e política.
Lola Lafon (n. 1974) nasceu em França e cresceu em Sófia e Bucareste. Nos anos 90, trocou Nova Iorque, onde estudou dança clássica, pelos meios squatters e anarquistas de Paris. É autora de sete romances premiados e traduzidos em várias línguas, entre os quais Une fièvre impossible à négocier (2003), «manifesto de uma juventude insubmissa e solidária», segundo a sua editora francesa, e o insurrecto Nous sommes les oiseaux de la tempête qui s’annonce(2011), que abordam o anticapitalismo, o antifascismo e o feminismo.
Está politicamente envolvida em diversos colectivos feministas e integrou o grupo musical Leva, influenciado por sonoridades e tradições musicais dos Balcãs.
Marca | Antígona |
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