Conheci o Wladimir Vaz – Wladi como lhe chamam – na Feira do Livro de Poesia, em Lisboa.
Estivemos em quiosques vizinhos durante seis dias e ele é capaz de ser das poucas pessoas que já conheci capaz de manter um sorriso durante seis dias seguidos.
Um sorriso, e não O sorriso, porque ele apenas sorriu uma vez. Só que esse sorriso durou seis dias.
Eu já conhecia a editora dele, a Urutau, vou tendo livros deles à venda, e do que sabia era uma editora com base no Brasil, presença na Galiza e uma representação em Portugal.
Por isso, quando lhe perguntei onde morava, imaginava que respondesse uma cidade galega, ou algo como São Paulo, Curitiba, Ceará, Paraguaçu Paulista. Algo assim.
Mas ele respondeu: moro no Barreiro
A Urutau é uma editora que merece ser conhecida e que tem já um catálogo bastante considerável.
Nesta conversa com o Wladimir procurei saber como se chega a um catálogo destes que, não só tem uma quantidade razoável, como tem autores de variadíssimas origens. É que a Urutau já deixou raízes na Brasil, na Galiza, em Portugal, e até na Irlanda.
Falámos também de questões sociais como o racismo ou a xenofobia, que são tratadas em várias obras do catálogo da Urutau.